O Supremo Tribunal Federal concluiu nesta segunda-feira o julgamento do mensalão com a condenação de 25 políticos e empresários e a cassa...

O julgamento teve 53 sessões e as penas de prisão de todos os condenados somam 279 anos. Na última sessão, a corte decidiu cassar os três deputados que foram condenados e ainda cumprem mandato, João Paulo Cunha, do Partido dos Trabalhadores PT; Valdemar Costa Neto, do Partido da República (PR), e Pedro Henry, do Partido Progressista (PP), todos aliados do governo Dilma Rousseff.
Dos 37 acusados no caso, 25 foram considerados culpados e 12 absolvidos, e além das penas de prisão foram aplicadas indenizações que chegam a quase R$ 20 milhões.
Os condenados ainda estão em liberdade à espera de que o STF publique oficialmente a sentença, o que provavelmente só ocorrerá no ano que vem, pois a o tribunal entra em recesso esta semana.
A Procuradoria Geral da República estuda a possibilidade de pedir a execução imediata das sentenças, sem esperar possíveis recursos dos réus.
Os condenados mais importantes são políticos da cúpula do PT muito próximos a Lula, entre eles, o ex-ministro-chefe da Casa Civil e braço direito do ex-presidente, José Dirceu.
O petista foi considerado o "chefe" e responsável pela rede de corrupção e recebeu uma sentença de dez anos e dez meses de prisão. Além disso, foram condenados o ex-presidente do PT José Genoino e o antigo tesoureiro do partido Delúbio Soares.
Segundo o então presidente do Supremo, Carlos Ayres Britto, o esquema de corrupção do PT era comparável a um golpe pois tinha o objetivo de se perpetuar no poder.
A pena mais dura, de 40 anos de prisão, foi aplicada ao publicitário Marcos Valério Fernandes, que usou duas de suas empresas para operar o esquema do mensalão.
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