Emoção e fé tomaram as ruas e avenidas de João Pessoa neste sábado (24) na tradicional Romaria de Nossa Senhora da Penha. Às 19h, faltan...

Emoção e fé tomaram as ruas e avenidas de João Pessoa neste sábado (24) na tradicional Romaria de Nossa Senhora da Penha. Às 19h, faltando três horas para o início de um percurso de 14 quilômetros, já era grande o número de romeiros da Paraíba e de estados vizinhos como Pernambuco e Rio Grande do Norte concentrados em frente à Igreja de Nossa Senhora de Lourdes, no Centro da capital paraibana, onde tem início a caminhada.
Às 22h, o arcebispo da Paraíba, Dom Aldo Pagotto, proferiu a Bênção do Envio em cima de um dos seis trios elétricos que animaram os cerca de 300 mil devotos, segundo estimativas da Polícia Militar. No discurso, Dom Aldo destacou a união da família como forma de viver em comunhão com Deus. Em seguida, convidou os fiéis a começar a longa caminhada, com previsão de terminar às 5h da manhã do domingo (25), no Santuário de Nossa Senhora da Penha.
A Avenida João Machado ficou pequena para a multidão que veio louvar e agradecer. Dentro da igreja, fiéis aproveitaram momentos preciosos para tocar a santa e, em silêncio, rezar.
A funcionária pública Maria Bernadete Alves, de 52 anos, cantou músicas de Roberto Carlos como uma forma de louvar. “Para mim Nossa Senhora da Penha significa renovação de vida. Foi justamente o que aconteceu comigo. Caminhar ao lado dessa santa poderosa já é uma graça. A emoção que eu sinto há sete anos, quando decidi vir para a Romaria, é simplesmente inexplicável”, diz com os olhos cheios de lágrimas.
Na Romaria da Penha, há também histórias de pessoas que só gostariam de ter o essencial, como a saúde, por exemplo. A aposentada Martinha Santos, de 68 anos, hoje acompanha a Romaria em uma cadeiras de rodas.
Histórias de graças alcançadas não foi difícil encontrar. Gilsivana Soares de Oliveira, de 43 anos, veio de Sousa, Sertão da Paraíba, para pagar uma promessa que a irmã fez para ela conseguir uma casa própria. “Passei muito tempo pagando aluguel e, graças à Nossa Senhora da Penha, há um ano e meio consegui realizar o sonho. Fazer todo o percurso com essa casinha na mão é apenas um símbolo da minha eterna gratidão”, revela.

Há seis meses, sofreu um acidente vascular cerebral (AVC). Perdeu a capacidade de se locomover, mas não a fé na mãe de Deus, como garante toda entusiasmada. “Eu estou nesta cadeira de rodas, mas a minha fé é tão grande que eu não me sinto presa. Eu me sinto como se estivesse voando. Acredito muito que vou conseguir a minha saúde de volta”, conta sorridente e confiante.
Na Romaria da Penha, há também histórias de pessoas que só gostariam de ter o essencial, como a saúde, por exemplo. A aposentada Martinha Santos, de 68 anos, hoje acompanha a Romaria em uma cadeiras de rodas.
G1 PB
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