O deputado Luiz Couto (PT) fez pronunciamento na Câmara Federal afirmando que recebeu informações importantes sobre a Operação Squadr...
O deputado Luiz
Couto (PT) fez pronunciamento na Câmara Federal afirmando que recebeu
informações importantes sobre a Operação Squadre, deflagrada pelo Ministério Público
do Estado (MPPB), Polícia Federal (PF) e Secretaria Estadual de Segurança de
Desenvolvimento Social (Seds), que no dia 9/11 prendeu policiais suspeitos de
integrarem grupos de extermínio, de segurança privada clandestina e de extorsão
a traficantes, que atuavam na região metropolitana de João Pessoa.
Couto revelou
que todo o planejamento da operação foi elaborado pela Polícia Federal de
Brasília, e que na Paraíba apenas o secretario de Segurança, Claudio Lima,
participava das atividades. Destacou que policiais civis e militares, agentes
penitenciários, funcionários públicos civis e informantes de setores da polícia
foram monitorados por aproximadamente um ano.
O parlamentar relatou,
com base nos dados que lhe foi repassado, que o major Gutemberg e o capitão
Nascimento, detidos na operação, montaram uma estrutura ilegal de segurança
clandestina. “Há aproximadamente 10 anos, Gutemberg oferecia segurança
clandestina para postos de combustível, estabelecimento comercial, mercados de
alimento, lan house, hospitais, casas de show, vaquejadas e até universidades”.
Contou, também,
que outro parceiro destas atividades é o coronel Kelson, ex-comandante da PM-PB,
irmão do coronel Euller Chaves, atual Comandante Geral da PM da Paraíba. “Kelson,
que também manteve segurança clandestina em vaquejadas, casas de show e em
outras atividades clandestinas quando estava na ativa, se refere ao major
Gutemberg como sua cria, amigo e compadre”, acrescentou.
Luiz Couto
ressaltou que existe uma quadrilha de milicianos composta por policiais civis e
militares, e agentes penitenciários que atuava extorquindo traficantes de
drogas, assaltantes de banco e outros criminosos. “Temos informações de que
vários apenados saiam dos presídios paraibanos para cometer crimes durante a madrugada.
Estes, com a conivência de diretores e agentes penitenciários”, complementou.
Após afirmar que
os grupos criminosos são cúmplices e sócios, pela prática ilegal do tráfico de
armas, drogas, munições e assassinatos, o deputado defendeu a federalização das
investigações, pois, segundo ele, não existem “dúvidas de que o crime
organizado ostenta seus tentáculos de forma transversal alcançando as
estruturas do poder publico”.
Assessoria
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