O deputado estadual Frei Anastásio (PT), anunciou hoje que conseguiu 16 assinaturas a favor da instalação de uma Comissão Parlamentar d...

O deputado estadual Frei Anastásio (PT), anunciou hoje que conseguiu 16
assinaturas a favor da instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito
(CPI), para investigar a situação financeira e contábil e financeira da Cagepa,
nos últimos 17 anos. "Seriam necessárias apenas 12 assinaturas e conseguimos 16.
Por tanto, vamos agora pedir a instalação da CPI", anunciou Frei Anastácio.
O parlamentar argumenta que a CPI irá revelar tudo sobre a situação dessa
empresa. "Vamos saber sobre empréstimos, salários, gratificações, investimentos,
compras de equipamentos, contratações de comissionados, entre outros
assuntos",prometeu o deputado.
Frei Anastácio disse que depois das últimas revelações feitas pelo deputado
Gervásio Maia, sobre empréstimos feitos pela Cagepa, com comissões gordas a
banco pernambucano, não há outra saída senão uma CPI. "Vamos entrar na caixa
preta da Cagepa para revelar a população do estado, o que realmente está
acontecendo", disse Frei Anastácio.
O parlamentar disse que as discussões em torno do empréstimo de R$ 150
milhões de reais, que a empresa está querendo, levantaram muitos questionamentos
que precisam de respostas. "Um deles é a dívida das prefeituras e empresas
privadas que chega a R$ 300 milhões, segundo a própria empresa. Por que nunca
cobraram essas dívidas e foram deixando se acumular? Será que não foram cobradas
porque se tratava de aliados dos governos de então", indaga o deputado.
Frei Anastácio disse que não é preciso só pedir um empréstimo. É necessário
se aprofundar nos problemas que envolvem essa empresa que é pública. "Queremos
saber quem é quem nessa história. Quem afundou essa empresa. A Casa de Epitácio
Pessoa não deve se furtar a esse debate. Ele é necessário", frisou.
O parlamentar lembra que os governos agem da mesma forma, ao longo dos anos:
tomam empréstimo para sanar o déficit financeiro da empresa. Porém, os problemas
são apenas transferidos para frente. "Quem me diz que daqui a três anos esse
mesmo problema não irá voltar à tona", adverte o deputado.
"O que a Cagepa precisa é de um programa de gestão que faça uma
reestruturação na forma de trabalho. Um planejamento com ações que tirem a
empresa da situação financeira que se encontra. Não se pode aceitar que a cada
momento de crise a CAGEPA se reporte a empréstimos como salvação. Não é dessa
forma que o problema da empresa vai ser resolvido. A situação é muito mais
profunda", garante.
Assessoria
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