Uma pesquisa realizada recentemente pelo Centro de Referência da Saúde do Homem, órgão da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, apo...

Uma pesquisa realizada recentemente pelo Centro de Referência da Saúde do Homem, órgão da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, aponta que dos 300 pacientes que visitam o setor todo mês, 90% são sedentários e não realizam exercícios nem aos finais de semana. Além disso, 40% dos pacientes são fumantes e sofrem de impotência sexual.
É importante ressaltar, no entanto, que para que haja ereção o homem precisa não só de estímulos como o toque, a visão e até mesmo as memórias, mas também de um equilíbrio no próprio organismo. Cabe ao cérebro comandar as reações nos nervos, músculos e na circulação para que os corpos cavernosos do pênis encham de sangue e o órgão fique enrijecido.
O sedentarismo contribui para o aparecimento de hipertensão arterial sistêmica, colesterol e triglicerídeos altos, fatores de riscos para as doenças cardiovasculares que, junto com a diabetes mellitus, formam as principais causas orgânicas da disfunção erétil, já que tornam os vasos sanguíneos mais rígidos e dificultam a vasodilatação.
Quem não pratica atividades físicas - e possui maus hábitos alimentares - ainda pode ganhar peso e gordura na região abdominal diminuindo, desta forma, a produção de testosterona - hormônio masculino importante para o bom desempenho sexual.
O urologista Joaquim Claro, chefe do hospital, explica que o cigarro "entope" os vasos e como consequência a circulação de sangue no pênis é bem menor. "Os pacientes tabagistas com mais de 55 anos dificilmente não vão apresentar algum grau de impotência sexual. A atuação do tabaco nas artérias é similar ao dos fatores orgânicos como a diabetes", destaca o especialista.
Cerca de 25 milhões de brasileiros acima dos 18 anos já sofreu com o problema pelo menos uma vez na vida. Entre a faixa dos 40 anos, mais de 40% não conseguem ter relações por falta de ereção. "É importante que o homem saiba reconhecer quando as falhas são eventuais e quando é o momento de procurar ajuda médica", ressalta o urologista responsável pelo serviço de urologia Cláudio Murta.
A disfunção sexual pode ser tratada com terapia de apoio, medicamentos ou com a implantação de prótese peniana, mas somente um especialista é capaz de fazer o diagnóstico da doença e indicar o melhor método de tratamento.
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